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Pedra no rim (nefrolitíase): o que é, sintomas e tratamento

Mais conhecida pelo grande público como “pedra no rim”, a litíase ou cálculo renal é uma condição bem comum e acomete grande parte da população. Estima-se que, em média, 10% da população vai sofrer com a pedra no rim em algum momento da vida.

O nome se dá porque a doença é provocada pela cristalização de sais minerais presentes na urina, que, de forma acumulada e agrupada, formam pequenas pedras nas vias urinárias. Ao mesmo tempo, a urina apresenta quantidades maiores de substâncias como cálcio e ácido úrico.

pedra nos rins expelidas

Essas pedras podem atingir um tamanho grande o suficiente para obstruir a passagem da urina, o que acaba dilatando as estruturas internas do rim. Quando o cálculo renal se movimenta em direção à bexiga, ele provoca a temida cólica renal, uma das piores dores que o ser humano pode experimentar. Há quem diga que a dor sentida durante a cólica renal é pior que a de um ferimento por uma arma de fogo, a fratura de um osso ou até mesmo que a dor de um parto.

O grupo mais afetado pela doença são adultos do gênero masculino, na faixa etária de 35 a 45 anos. Entretanto, crianças, adultos e idosos de ambos os gêneros também podem ser acometidos pela doença.

Por mais que a doença seja muito comum e bastante conhecida, muitos pacientes ainda costumam ter dúvidas a respeito. É por isso que resolvemos preparar esse artigo, onde apresentaremos uma visão geral acerca da doença da pedra nos rins. Acompanhe!

Como a pedra no rim se forma?

nefrolitíase

Sais de cálcio compõem mais de 70% das pedras nos rins, que são uma formação sólida, como seu próprio nome já diz. Mas como essas pedras se formam?

Quando a quantidade de líquido na urina não é suficiente para dissolver os sais que estão presentes nela mesma, os sais se solidificam e se separam em vários pedaços nas vias urinárias. Após separados, esses sais costumam se aglomerar e, com o tempo, tornam-se os cálculos renais.

Essa transformação dos sais em pedras pode ocorrer por alguns motivos, como:

Beber pouca água:

Pessoas que bebem pouca ou não bebem água têm muita chance de desenvolver pedra no rim. Para você ter uma ideia da quantidade de água que cada pessoa deve beber por dia, existe uma conta prática: multiplique o seu peso atual por 35 ml. Sendo assim, uma pessoa que pesa 60 kg deve consumir pelo menos 2,1 litros de água por dia (60 x 0,035 = 2,1).

Histórico familiar:

Quem possui familiares com histórico de cálculo renal tem uma propensão maior de desenvolvê-los, uma vez que a doença pode ser causada por um componente genético. É comum ver pessoas da mesma família acometidas pela doença.

Obesidade:

O tecido adiposo de uma pessoa com obesidade pode afetar seu organismo na resposta em ação da insulina, um hormônio presente na secreção interna do pâncreas, o que pode causar alterações na urina e favorecer o surgimento de pedras nos rins.

Consumo excessivo de sal:

Industrializados, refrigerantes e alimentos ricos em sódio aumentam a quantidade de excreção urinária de cálcio, o que favorece a formação dos cálculos renais. A proteína presente em carnes e embutidos também tem o mesmo efeito quando esses alimentos são consumidos em excesso.

Fatores de risco para pedra no rim

Beber a quantidade suficiente de água diariamente é uma ótima prevenção para não ser acometido pelo cálculo renal. A maioria dos pacientes com pedras nos rins bebem pouca quantidade de água, algo em torno de meio litro por dia.

Para quem vive em um país tropical como o nosso, que costuma ser bastante quente, deve se manter bem hidratado para que a quantidade ideal de água na urina seja mantida.
Por mais que ainda não sejam muito conclusivos, alguns estudos indicam que outros líquidos além da água também apresentam efetividade contra o cálculo renal, como é o caso do suco de laranja e dos chás.

Vale ressaltar que alguns estudos indicam que vitamina C em excesso pode elevar o risco de cálculo renal composto por oxalato de cálcio.
Quem possui familiares que já foram acometidos pela doença, deve urinar pelo menos 2 litros por dia. Como é muito difícil acompanhar o volume da urina, é possível fazer o acompanhamento da cor da mesma: uma urina saudável e bem diluída tem odor fraco e uma coloração quase transparente. Uma urina muito amarela pode ser um indício de desidratação.

 

 

 

Como comentado no tópico anterior, o sal, a proteína e o excesso de açúcar podem desencadear um quadro de cálculo renal. Entretanto, apesar da pedra no rim ser composta de cálcio, não é preciso eliminá-lo da dieta, uma vez que isso pode trazer malefícios ao paciente. Se a sua urina está eliminando cálcio em excesso e você não repõe na alimentação, seu organismo pode retirar o cálcio do seu sistema ósseo, o que pode resultar em um quadro de osteoporose precoce.

Hipertensão, gota, diabetes e ganho de peso de forma rápida também são fatores de risco para o desenvolvimento de pedras nos rins.

Sintomas de pedra no rim

pedra nos rins sintomas

É comum que alguns pacientes acometidos pelas pedras nos rins sejam assintomáticos, uma vez que a pedra pode se formar e permanecer no interior do rim.

Exames de imagem abdominal solicitados por outros motivos podem revelar a pedra no rim, como costuma acontecer com alguns pacientes.

Existem pacientes que acabam eliminando pedras pequeninas que percorrem todo o sistema urinário sem provocar sintoma algum.

Porém, a doença costuma provocar alguns sintomas e vamos listar aqui os principais:

Cólica renal

Como falamos na introdução do artigo, esse é o temido e mais famoso sintoma da doença. O surgimento da cólica renal acontece quando a pedra fica parada no rim ou em algum ponto das vias urinárias, o que obstrui e dilata o sistema urinário.

A dor causada pela cólica renal é classificada pela medicina como uma das piores dores que o ser humano pode sentir. Algumas mulheres relatam que a dor da cólica renal é pior que a dor do parto.

A cólica renal é capaz de causar uma dor terrível nas costas ou na lateral do abdômen, podendo se espalhar para outras regiões próximas a essas partes do corpo. Ela surge de forma tão abrupta e intensa que o paciente acaba inquietamente procurando uma posição que provoque alívio, mas, infelizmente, essa posição não existe. É comum que a dor seja tão forte a ponto de provocar vômitos.

Após iniciar, o pico da dor costuma acontecer em menos de 2 horas, permanecendo, em média, por 2 horas e meia na mesma intensidade, deixando o paciente extremamente agitado e sofrendo.

O alívio acontece de forma espontânea, e em 2 horas, costuma desaparecer por completo. Estamos falando de uma experiência que dura, em média, de 6 a 7 horas, mas esse tempo pode variar de pessoa para pessoa.

Dor, ardência ou sangramento ao urinar

Como a pedra também pode conseguir atravessar todo o sistema urinário, pode ocorrer uma dor pélvica e uma ardência ao urinar, além de um possível sangramento. Caso aconteça, o paciente consegue identificar uma pedra que acompanhou sua urina no momento em que ela sai.

Diagnóstico e exames para pedra no rim

ultrassom de pedra nos rins

Além de ser necessário confirmar os sintomas, para concluir com assertividade o diagnóstico do cálculo renal, deve-se fazer pelo menos um dos exames que apresentaremos a seguir. Acompanhe.

Ultrassonografia dos rins

A ultrassonografia dos rins é um dos exames mais simples e é capaz de identificar a presença das pedras, além do tamanho e a quantidade das mesmas. Com o exame, também é possível saber se algum outro órgão do corpo está inflamado.

A baixa eficácia na identificação das pedras no meio do ureter é uma desvantagem da ultrassonografia dos rins, uma vez que os gases intestinais podem atrapalhar a visão nítida da imagem formada pelo exame.

Onde fazer ultrassonografia para pedra no rim

A clínica HC Imagem realiza exames de ultrassonografia para pedras nos rins. Com profissionais qualificados, equipamentos atualizados realiza exames de imagem com toda segurança ao paciente. É possível agendar seu exame pelo Whatsapp.

Exame de sangue

O exame de sangue é feito para identificar como está o funcionamento dos rins a partir de parâmetros como cálcio, ureia, ácido úrico e creatina. Se por acaso essas substâncias apresentarem valores variados, isso pode indicar um problema. A recomendação é que um médico avalie a causa desses valores estarem variados.

Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é considerada o melhor exame e o mais indicado para os casos de cálculo renal. Esse exame registra inúmeras fotografias de diversos ângulos do corpo do paciente, o que facilita a diferenciação e a identificação das pedras nos rins em qualquer ponto do sistema urinário, mesmo que sejam bem pequeninas. O interessante é que é possível fazer isso sem a utilização de contraste.

Exame de urina de 24 horas

Para que um teste de urina seja realizado, é necessário coletar a urina do paciente em um recipiente próprio durante 24 horas seguidas, a fim de avaliar as substâncias favorecedoras à formação dos cálculos como cálcio, oxalato e ácido úrico. Além disso, o teste pode ser útil para avaliar a presença de microrganismos que causam infecções e também se há pedaços pequenos de pedras.

Com um exame de urina de 24 horas, também é possível avaliar a quantidade de proteína, incluindo a albuína, citrato, potássio, clearance de creatina, amônia, ureia, magnésio, fosfato e sódio, por exemplo.

A avaliação da pedra

Ao fazer uma avaliação da pedra eliminada pelo corpo, é possível identificar o tipo da mesma. Desta forma, caso ocorra uma situação onde uma pedra é eliminada do corpo do paciente junto com a urina, deve-se levá-la ao profissional da saúde para que este possa fazer uma análise. O tipo da pedra pode determinar o tratamento para evitar o surgimento de novas pedras no organismo do paciente.

Tratamentos para pedra no rim

pedra nos rins tratamento

Para determinadas situações da doença, existem alguns tipos de tratamento. Vamos falar sobre alguns deles a seguir. Fique conosco.

Tratamento durante a cólica renal

Antes de mais nada, quando alguém está passando por uma crise de cólica renal, é necessário aliviar a dor do paciente o mais rápido possível. Para isso, são usados anti-inflamatórios ou analgésicos opioides, aqueles derivados da morfina.

Na maioria dos casos, a cólica renal pode ser tratada de forma tranquila, controlando a dor e mantendo o paciente hidratado até que a pedra seja expelida do corpo de forma espontânea.

Se por algum motivo o rim sofrer dilatação, é preciso corrigir o problema o quanto antes, pois quanto mais demorar para terminar a obstrução, maiores as chances de lesões que podem ser irreversíveis no rim do paciente obstruído.

Tratamento sem o paciente estar passando pela cólica renal

Se o paciente estiver com a dor da cólica renal controlada e sem maiores complicações, o mesmo pode ficar tranquilamente em casa esperando que a pedra seja expelida espontaneamente.
No caso de o paciente apresentar pedras maiores que 1 centímetro, uma dor que é difícil de se controlar, sinais do rim obstruído, infecção urinária ou se a pedra não for expelida de forma espontânea em pelo menos 5 semanas, é necessário que o quadro seja avaliado por um profissional da área da urologia.

Chá para cálculo renal existe?

chá de quebra-pedra

Existe um chá muito conhecido pelo grande público chamado de “chá de quebra pedra”. Há quem diga que ele pode funcionar para prevenir a pedra no rim, uma vez que ele não é capaz de “quebrar” a mesma. Entretanto, quando ingerido com frequência, ele já demonstrou certa efetividade na diminuição da formação de novas pedras.

Vale lembrar que o chá deve ser bebido sem açúcar, pois este pode alterar as propriedades medicinais da planta usada para fazer o chá.

Normalmente, usa-se uma colher de sopa com folhas secas de quebra-pedra e 1 litro de água. A água é fervida e colocada sobre as folhas secas, ficando em infusão por 10 minutos. Após isso, coa-se e bebe-se sem açúcar.

Sintomas ou dores nos rins? Na HC Imagem você encontra a melhor equipe da região, treinada para oferecer o melhor em exames de imagem. Dedicação e qualidade a serviço da sua saúde.

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