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Trombose: causas e consequências da doença

No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial de Combate à Trombose, data instituída em 2014 pela Internacional Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH). E em pesquisa feita pela instituição em parceria com a Bayer, foi divulgado que a trombose mata uma a cada 4 pessoas no mundo.

Existem várias causas e fatores de risco que levam uma pessoa a desenvolver trombose. Até mesmo ficar muito tempo parado (várias horas), pode ser um gatilho para o aparecimento desse quadro.

Fatores genéticos, má alimentação, estilo de vida sedentário, gravidez e uso de anticoncepcional são alguns dos outros fatores que favorecem o aparecimento da doença. 

E neste texto vamos falar sobre cada um deles, além de tirar todas as suas dúvidas sobre o que é a trombose, quais os sintomas, como é feito o diagnóstico e tratamento e como você pode prevenir a doença.

O que é trombose

A trombose é a formação de um coágulo (trombo) na parede dos vasos sanguíneos. E esse coágulo acaba impedindo a correta circulação e oxigenação do sangue.

Os coágulos são parte importante para o bom funcionamento do corpo, e são essenciais em casos de lesão, mas por quê?

Quando você se machuca e um sangramento começa, o corpo produz coágulos na área lesionada para estancar esse sangramento. Essa é uma resposta natural do corpo nesse tipo de situação.

Mas, algumas pessoas podem produzir coágulos em excesso e sem que exista necessidade, ou seja, sem que exista uma lesão. E quando isso acontece e esses coágulos se formam nas paredes das artérias ou veias, chamamos de trombose.

 

coágulo

Causas da trombose

Muitas vezes é difícil explicar o aparecimento de alguma doença ou quadro clínico específico. Afinal, porque o corpo de algumas pessoas não se comporta da maneira correta?

Com a trombose não é diferente, fatores genéticos, hábitos de vida, medicamentos e situações pontuais podem desencadear um quadro de trombose.

Mas existem 3 fatores gerais que são as principais razões biológicas para o aparecimento da doença:

Fatores de coagulação

Lembra que falamos no começo do texto que os coágulos são importantes nos casos de sangramento? 

Então, as proteínas do sangue são as moléculas responsáveis por produzirem esses coágulos que vão cicatrizar os tecidos.

Mas, existem pessoas (que por motivos genéticos), têm uma alta concentração dessas moléculas de proteína, e produzem mais coágulos que o normal. E isso facilita o aparecimento da trombose.

Estase

A estase acontece quando a circulação sanguínea fica estagnada, parada. Essa má circulação pode ocorrer quando ficamos muito tempo deitados ou sentados, com as pernas na mesma posição.

É comum que a estase ocorra em pessoas que passam por longas internações hospitalares, ou até mesmo em viagens muito longas, que as pernas ficam dobradas para baixo por um longo período de tempo.

Nesse caso, a estase tem mais relação com alguma situação específica em que a pessoa está, do que com o funcionamento do corpo em si. Mas, obviamente, se o indivíduo já tem predisposição genética para trombose, a estase acaba sendo mais um fator agravante.

Alteração da parede das veias

As paredes das veias podem sofrer alterações devido a algum trauma (lesão) ou até mesmo por procedimentos cirúrgicos.

Uma alteração desse tipo pode deixar os vasos sanguíneos mais sensíveis e propensos à formação de coágulos que causam a trombose.

Neste tópico também é importante falar do cigarro. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o tabagismo não afeta apenas o sistema respiratório, ele também pode alterar e danificar os vasos sanguíneos, dificultando a boa circulação.

Fatores de risco

Todo ser humano está suscetível a desenvolver algum tipo de doença ao longo da vida. O corpo de cada pessoa funciona de forma muito particular, e muitas vezes pode surpreender a medicina.

Mas, sempre existem fatores de risco, que aumentam a probabilidade de alguém desenvolver determinado tipo de problema de saúde, e com a trombose não é diferente.

Predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias, hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo e falta de movimentação são alguns fatores de risco que contribuem para o aparecimento de trombose em qualquer pessoa.

Existem ainda situações específicas que podem levar a um quadro de trombose:

  • imobilidade causada por longas internações hospitalares, ou viagens longas onde a movimentação das pernas fica prejudicada
  • terapia de reposição hormonal
  • varizes
  • uso de medicamentos que interferem na coagulação
  • gravidez
  • lesões e machucados
  • histórico familiar
  • hipertensão arterial

Sintomas de trombose

A trombose pode ser assintomática ou não, por isso às vezes pode ser difícil identificar o começo da doença.

O inchaço é um dos principais sintomas. De acordo com o cirurgião Vascular do Hospital Albert Einstein, Nelson Wolosker, quando a perna incha muito de uma vez só e fica extremamente dolorida, ao ponto de a pessoa não conseguir pisar no chão, é preciso procurar ajuda médica imediatamente.

Fique atento também a sintomas como:

  • aumento da temperatura nas pernas
  • coloração vermelho escura ou arroxeada
  • endurecimento da pele
  • sensação de peso nas pernas
  • veias dilatadas na perna
  • sensação de queimação nas pernas

 

Quando a trombose é descoberta logo no início, o tratamento é bastante eficaz e reduz pela metade os riscos de embolia e de expansão dos coágulos.

trombose varizes

trombose sintomas

Como é feito o diagnóstico? Qual exame detecta trombose?

O diagnóstico de trombose é feito em consulta médica, com avaliação clínica do médico e execução de exame de imagem, como a ultrassonografia.

Além do ultrassom, o médico pode pedir exames de sangue ou outro tipo de exame mais específico, se ele identificar algum agravamento do quadro.

Aqui na HC Imagem nós realizamos diversos tipos de exames de imagem, sendo o Ecodoppler Venoso o mais indicado para identificar varizes e trombose.

O Ecodoppler Venoso é um exame de imagem que permite avaliar a presença de alterações no fluxo venoso, como a insuficiência venosa crônica, as chamadas varizes e também a trombose venosa profunda.

É um exame bastante simples e rápido, que não causa dor nem desconforto. E aqui na HC Imagem você já sai do consultório com seu resultado em mãos. Agende seu exame por whatsapp aqui.

Trombose tem cura? Qual o tratamento?

A trombose tem cura sim, e muitas vezes o tratamento com remédios já é o suficiente para dissolver os coágulos que se formaram.

Mas, é sempre bom relembrar que o paciente que teve trombose precisará manter certos cuidados a vida toda, para evitar o aparecimento de novos coágulos.

Existem casos em que a trombose causa sintomas parecidos com outras doenças, por isso é sempre importante procurar um médico e realizar exames para descartar qualquer outra possibilidade.

Nunca se automedique, lembre-se que o acompanhamento médico é essencial para um diagnóstico e tratamento adequados.

Durante o tratamento da trombose, médico e paciente tem 3 objetivos:

1- evitar que os coágulos aumentem de tamanho

2- evitar que algum coágulo se solte e chegue aos pulmões

3- reduzir as chances de outra trombose

E para cumprir esses objetivos o médico pode receitar o uso de meias de compressão, medicamentos anticoagulantes ou trombolíticos e se necessário filtro de veia cava. Em casos muito graves, a cirurgia também se torna uma opção.

Além do tratamento com remédios, a prática regular de atividade física e uma alimentação equilibrada também ajudam muito a evitar o risco de novos quadros de trombose.

O que fazer para evitar trombose? Mudança de hábitos pode te ajudar

Um estilo de vida mais saudável, com prática regular de atividade física e alimentação equilibrada são as principais recomendações para evitar o aparecimento da trombose.

Muitas vezes pode parecer que isso é a única coisa que os médicos sabem recomendar. Mas o fato é que o nosso corpo não foi feito para ficar parado. Quanto mais imóvel e sem estímulo, maiores as chances de desenvolver doenças graves.

Além disso, a nossa circulação sanguínea também depende de movimentação, por isso é tão comum pessoas em internações hospitalares ou viagens longas desenvolverem quadros de trombose.

Então, fique de olho nessas recomendações:

  • evite o consumo excessivo de álcool
  • não fume, os componentes do cigarro causam lesões em veias e artérias
  • movimente-se. Se você trabalha muitas horas sentado, levante para beber água, ir ao banheiro, tomar um café ou conversar com um colega.
  • em viagens longas também levante para caminhar, estique as pernas, se alongue
  • use meias de compressão, mas lembre-se que o uso deve ser recomendado e orientado por um médico

E se você se enquadra em algum dos fatores de risco que falamos antes, procure um médico e saiba o tipo de tratamento e prevenção que é mais adequado para você.

Trombose só acontece nas pernas?

Apesar de ser o local mais comum, a trombose não acontece apenas nos membros inferiores.

Algumas pessoas podem desenvolver trombose nos braços, e nesse caso também vai causar dor, inchaço e vermelhidão, além de um aumento da temperatura no local afetado e certa dificuldade em mexer os músculos.

Tipos de trombose

Os tipos de trombose são caracterizadas pelos tipos de coágulos que foram os causadores da doença. Existem dois tipos de coágulos: coágulos arteriais e venosos.

  • Coágulos arteriais: são os que se formam nas artérias. Causam sintomas instantâneamente. São esses coágulos que impedem a passagem de oxigênios para os órgãos, e podem causar graves complicações como AVC, ataque cardíaco e dor intensa.
  • Coágulos venosos: são os que se formam nas veias. Seu desenvolvimento é mais gradual, assim como o aparecimento dos sintomas.

 

Tromboses Venosas

As tromboses venosas são aquelas que se formam nas veias. As veias, por sua vez, são os vasos sanguíneos que levam o sangue de volta ao coração.

Em geral, o sangue flui mais lentamente nas veias do que nas artérias, o que aumenta as chances da formação de coágulos e consequentemente de trombose.

Trombose da veia superficial, trombose venosa profunda e trombose venosa renal são alguns dos tipos de trombose que acometem as veias.

Trombose da veia superficial

As veias superficiais são aquelas que ficam mais próximas da superfície do corpo. Geralmente, são essas veias superficiais que enxergamos sob a pele, principalmente quando a pessoa já sofre com varizes.

Trombose venosa profunda

Ao contrário da trombose da veia superficial, a trombose venosa profunda – TVP ocorre nas veias que ficam mais longe da superfície do corpo.

Nessas veias, uma maior quantidade de sangue é transportada, e é mais comum que TVP ocorra nas pernas, mas nada impede que elas apareçam nos membros superiores.

A complicação mais grave que pode ocorrer devido a TVP é a embolia pulmonar.

Trombose venosa renal

Esse tipo de trombose acontece nas veias que drenam o sangue dos rins, consequentemente reduzem a capacidade dos rins de filtrar e limpar o sangue.

A trombose venosa renal precisa de tratamento imediato assim que for descoberta, pois pode comprometer toda a função renal.

Trombose arterial

As artérias são responsáveis por transportar também o oxigênio (além do sangue) do coração para diferentes partes do corpo.

Nas artérias, sangue e oxigênio fluem mais rápido do que nas veias, sendo assim, tem menos chance de coagular, o que torna a trombose arterial menos comum que a trombose venosa.

Porém, não é porque a trombose arterial seja mais difícil de acontecer que ela é menos perigosa. Enquanto as tromboses venosas causam inchaço, dor e vermelhidão, a trombose arterial prejudica a entrega de oxigênio, o que pode resultar em necrose da área afetada.

E levando em consideração essa entrega deficiente de oxigênio causada pela trombose arterial, outros quadros sérios podem surgir.

Uma trombose na artéria coronária pode causar um ataque cardíaco, se a entrega de sangue e oxigênio para o cérebro é prejudicada, pode causar um AVC isquêmico.

Complicações causadas pelas tromboses

Como já vimos nos tópicos anteriores, a trombose é um quadro que pode se agravar e causar outros problemas sérios de saúde. Os mais comuns são a embolia pulmonar e o acidente vascular cerebral.

Embolia pulmonar

A embolia pulmonar acontece quando o coágulo que se formou em alguma outra parte do corpo (geralmente nas pernas) se desloca, e acaba obstruindo uma ou mais veias do pulmão.

Segundo uma matéria publicada na Veja Saúde em 2020, 15% dos casos de trombose evoluem para embolia pulmonar. Esse é um quadro grave e que se não tratado pode levar o paciente a óbito.

Quando esse trombo (coágulo) se desloca até as veias do pulmão, os sintomas mais comuns são dor repentina no peito, que vai aumentando de intensidade gradualmente, falta de ar, ansiedade, palidez e aumento repentino dos batimentos cardíacos.

O tratamento de embolia pulmonar é realizado em ambiente hospitalar e depende do grau da doença. Existem as opções de tratamento medicamentoso, implantação de filtro na veia cava e em últimos casos uma embolectomia (procedimento cirúrgico para retirada do coágulo).

 

trombose embolia pulmonar

Acidente vascular cerebral – AVC

O acidente vascular cerebral é mais um quadro grave que pode ser causado pela trombose. Do mesmo jeito que a embolia pulmonar, um coágulo que se formou em outra parte do corpo se desprende e é levado até as artérias que alimentam o cérebro, causando a obstrução, e consequentemente prejudica a circulação do sangue e a entrega de oxigênio.

No Brasil o AVC é a segunda causa de morte, conforme dados do Ministério da Saúde. São 400 mil casos por ano e mais de 100 mil óbitos, a cada 5 minutos ocorre uma morte por AVC no país.

O AVC também é popularmente conhecido como derrame, mas existe uma diferença entre eles. O derrame, ou AVC hemorrágico, acontece quando o sangue “vaza” das artérias e atinge o cérebro.

Já o AVC isquêmico é causado pelo entupimento da artéria, resultando na falta de oxigenação do cérebro.

O acidente vascular cerebral pode causar a morte ou incapacitar a pessoa acometida. Entre as consequências do AVC estão as alterações de compreensão, alterações ou perda de movimentos e sensibilidade, alterações na fala e mudanças na maneira como a pessoa pensa ou sente e interage com o mundo ao seu redor.

Diferença entre trombose e tromboflebite

A principal diferença entre as duas patologias é o lugar onde elas acontecem. A tromboflebite acontece nas veias superficiais, e a trombose nas veias profundas.

Ou seja, a trombose da veia superficial, que explicamos neste tópico também pode ser chamada de tromboflebite.

Trombose precisa de cirurgia?

A cirurgia de trombose é uma das últimas opções de tratamento a ser realizada, e muitas vezes acontece em caráter emergencial.

O procedimento é menos invasivo do que uma cirurgia tradicional, porque é feito através de um catéter que é introduzido na veia ou artéria e remove o coágulo.

Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas, e quem vai saber qual a mais indicada é o médico que está acompanhando o caso do paciente. Tudo depende também do estágio da doença e das condições gerais do paciente.

Gravidez é fator de risco para trombose?

Sim. Mulheres grávidas têm mais chances de desenvolver trombose. Isso acontece por causa da grande quantidade de hormônios liberados durante a gestação e também ao fato de todo o organismo da gestante desencadear uma série de reações químicas, para “mostrar ao corpo” que o bebê não é um invasor prejudicial.

Além disso, a barriga e toda a movimentação dos órgãos comprime a veia cava, que é responsável por transportar o sangue que vem das pernas para o coração.

Por isso é comum que os médicos indiquem o uso de meias de compressão a partir do segundo ou terceiro trimestre de gestação.

Uso de anticoncepcionais e trombose

A relação entre o uso de anticoncepcionais e o aparecimento de trombose é uma das grandes questões enfrentadas pelas mulheres que optam por esse método contraceptivo.

É verdade sim que o uso de anticoncepcionais pode causar trombose, principalmente as pílulas que tem estrógeno e que são as mais comercializadas.

Mas, ao observar a taxa de risco absoluto, que é de 5 para 100 mil, a pílula apresenta baixo risco para o desenvolvimento de trombose.

Lembrando que o principal vilão é o estrógeno, então o ideal é conversar com um ginecologista, apresentar seu histórico médico e a presença de qualquer um dos fatores de risco que citamos aqui, e escolher o método contraceptivo mais adequado para as suas necessidades.

Conclusão: hábitos saudáveis e corpo em movimento são aliados na prevenção da trombose

Vimos ao longo do texto os números alarmantes sobre os óbitos relacionados à trombose e suas complicações, sendo que muitos dos fatores de risco podem ser eliminados quando adotamos hábitos mais saudáveis.

A falta de movimentação dos membros inferiores é uma das principais causas do aparecimento da trombose, então lembre-se de caminhar e movimentar-se sempre que possível, principalmente se o seu trabalho consiste em permanecer sentado por muitas horas.

Preste atenção no seu corpo, e sempre procure um médico antes de iniciar qualquer tipo de tratamento. Principalmente quanto ao uso de meias de compressão. As meias fazem parte do tratamento e não devem ser usadas sem prescrição médica, pois elas têm vários graus de compressão, e utilizar um grau que não seja adequado para o seu caso pode causar ainda mais problemas.

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